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  • Foto do escritorMarcelo Lopes

Indicadores para Uma Gestão Escolar de Qualidade

Conheça os principais indicadores para uma gestão escolar de qualidade e veja como utilizá-los para potencializar sua gestão!


Atualizado em fevereiro de 2021.


No mundo da gestão, os indicadores são utilizados como um termômetro das ações que foram planejadas e estão sendo executadas por determinada organização.


Na gestão escolar, isso não pode ser diferente.


Administrar uma empresa, seja de qual ramo for, exige que se tenha duas principais habilidades: cuidar de pessoas, em primeiro lugar; e cuidar de números.


Uma gestão sem essas duas preocupações, ou sem uma delas, será fadada ao fracasso.


Curiosamente, essas habilidades são congruentes, uma vez que você pode, e deve, utilizar os números (em forma de indicadores) para a gestão de pessoas e também pode, e deve, contar com as pessoas para melhor gestão desses indicadores.


E de quais indicadores estamos falando?


Podemos dividir esses indicadores em quatro categorias, conforme explicamos nas próximas linhas.


Indicadores de Desempenho Geral:


Utilizados para a gestão do todo, ou de alguma de suas partes, esses indicadores são essenciais para a gestão escolar:


  • Número de alunos total: a cada ciclo comercial (matrícula e rematrícula) o gestor deve atualizar essa informação, e tê-la na ponta da língua. À partir desse número que se consegue atuar em diversas frentes, como na gestão financeira, do marketing e até na relação com fornecedores.

  • Net Promoter Score (NPS): a avaliação institucional e dos serviços prestados por parte dos seus clientes (alunos e seus responsáveis) deve ser preocupação primeira dos gestores educacionais. É através desse indicador, e de ouvir o que seus clientes têm a dizer sobre seus serviços, que se pode aperfeiçoar o atendimento educacional e aumentar as taxas de fidelização e captação.



Indicadores de Marketing Educacional:


Utilizados para auferir a força de fidelização e captação de alunos, os indicadores de marketing são excelentes ferramentas para gerir as ações nessa área.


  • Taxa de Fidelização: na educação básica ela tem que estar em torno de 80%. Em cursos livres ou IES esse percentual pode ser menor, mas recomenda-se que se mantenha superior a 60%. De qualquer forma, esse indicador deve ser acompanhado pelos gestores de perto, uma vez que a fidelização de clientes é o grande propulsor da maioria das instituições de ensino.

  • Retorno Sobre Investimento: saber quais mídias e quais ações de marketing efetivamente deram retorno é a única maneira de decidir-se continuar, ou não, o investimento. Para saber se o retorno valeu o investimento, deve-se acompanhar detalhadamente como as famílias chegaram até a sua escola. No final desse post disponibilizamos uma Ficha de Atendimento que vai ajudar sua escola com esse indicador;

  • Taxa de Conversão 'Matrículas vs. Visitas': com viés mais comercial, esse indicador dá aos gestores, principalmente, uma visão de como está o atendimento na sua campanha de matrículas e pode definir quais ações para melhoria tomar.


 

Leia também:

 

Indicadores Financeiros:


Tratam da saúde da sua instituição e exercem grande influência na gestão escolar.


Preferencialmente devem ser acompanhados por especialistas no assunto.


  • Taxa de ocupação: mais importante que o total de alunos por sala, a taxa de ocupação permite que o gestor financeiro da instituição decida sobre a abertura de uma nova turma, a concessão de descontos para determinada turma e os investimentos específicos para captação de novos alunos;

  • Taxa de inadimplência: o grande problema dos gestores escolares, a taxa de inadimplência deve ser controlada à ferro e fogo, para que esse "câncer na gestão" não prejudique o andamento do ano letivo. Manter a taxa entre 3% e 5% garante a qualidade na prestação de serviços e o poder de investimento da instituição;

  • Ticket Médio: é a média de todas as mensalidades recebidas. Ajuda os gestores a identificar quais ciclos, séries e turmas são mais rentáveis, quais possuem grande percentual de bolsa/descontos e dá uma ideia do perfil do público que a instituição atende;

  • Percentual de Desconto/Bolsa: outro grande vilão da gestão financeira educacional, o percentual de descontos/bolsas reduz a capacidade de investimento e limita as ações da instituição. A escola deve ter uma política bem administrada nesse sentido, a fim de evitar problemas no decorrer do ano letivo.


Indicadores Pedagógicos:


Por último, mas definitivamente não menos importante, os indicadores pedagógicos são o termômetro da atividade fim da escola e devem ser acompanhados pelos gestores constantemente.


  • Resultados em Testes Externos: limitados há apenas instituições que possuem determinada condição, os testes e avaliações externas (sejam provas de vestibular, exames diversos, provões de sistemas de ensino) são um importante termômetro para avaliar o preparo dos alunos e, por consequência, a atuação pedagógica da instituição;

  • Taxa de Evasão: uma taxa de evasão elevada pode significar algum problema pedagógico em determinada turma/curso. O gestor deve acompanhar esse indicador de cada turma e compará-los para que não haja defasagem em sua instituição;

  • Absenteísmo: alunos com muitas faltas atrasam o processo pedagógico da turma como um todo, além de ser um sinal forte de uma possível evasão. Usar a análise da taxa de absenteísmo por turma, matéria e aluno é uma forma de potencializar a gestão pedagógica e antecipar possíveis evasões;

  • Nota Média da Turma: para instituições que possuem mais de uma turma em determinada série/módulo, nada mais eficaz do que avaliar as médias de cada turma e fazer a comparação entre elas, para saber em qual nível se está.


Ao Utilizar os Indicadores, Lembre-se:


Um indicador de desempenho não pode, nunca, ser utilizado sozinho, pois ele é apenas uma visão do todo.


Procure relacionar dois ou mais indicadores quando for analisar um situação.


Outra recomendação é que o número, por si só, pouco vai dizer. Um indicador, para fazer realmente o efeito que dele se espera, deve ser sempre utilizado em modo comparativo, ou com ele mesmo em períodos diferentes, ou com a média do mercado.


Por exemplo, se sua escola cresceu 10% na última campanha de matrículas a tendência é que você fique satisfeito.


Mas, se você comparar com o mercado, incluindo seus concorrentes diretos, e perceber que a média de crescimento foi de 15%, verá que o indicador que era muito bom passou a ser não tão bom assim.


Ou, ainda nesse exemplo, ver que apesar do mercado ter crescido mais, o desempenho da sua instituição foi melhor do que na campanha anterior, o indicador passa a ser novamente positivo para a sua gestão.


E daí devem decorrer todas as análises.



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